terça-feira, 12 de novembro de 2013

Mulheres mostram que é possível ser gordinha e feliz

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Discriminação contra pessoas acima do peso já ganhou um nome: “gordofobia”; médica diz que é melhor estar um pouco acima do peso e ser ativo do que ser magro e sedentário

Mesmo com a saúde em dia, não há inteligência, beleza ou qualquer outro adjetivo que parece se sustentar quando existe a “gordofobia” – como é conhecida a discriminação contra as pessoas acima do peso. Essa é uma das questões que a atriz e comediante Fabiana Karla está vivendo com a personagem Perséfone, na novela global “Amor à Vida”, mas que atinge modelos, empresárias e blogueiras e pessoas comuns.

Após os altos e baixos da balança e superar um período que sofreu bulimia, Analice Souza, proprietária do Oliver Art Bar, em Belo Horizonte, conta que se identifica muito mais com o seu “biotipo grande”.

“Sempre fui muito extrovertida e nunca deixei isso me afetar. Quando adolescente, tive uma fase que cresci, emagreci e tive bulimia. Nesse período fiquei bem esquisita e depois fui melhorando e voltando a engordar”, lembra a ex-Big Brother Brasil 12, que já posou nua.

Para Analice, o preconceito aparece quando as pessoas passam a querer determinar para as outras pessoas o que é melhor para elas. “Vivemos em uma sociedade que quer determinar um tipo ideal de beleza. Hoje temos dois padrões principais: a magrela, estilo modelo ou atriz, ou a bombada, estilo gostosona de academia. Qualquer coisa que esteja fora desses padrões é vista como feiao e logo vem o preconceito”, afirma.

Sem apresentar nenhum problema que geralmente é associado à obesidade, como o diabetes, colesterol e pressão alta, a empresária acredita que “a doença está na cabeça das outras pessoas”.

O excesso de peso, em alguns casos, pode ser determinado geneticamente, explica Rosana Radominski, do departamento de obesidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). “A obesidade tem um forte componente genético e também pode estar aliada ao sedentarismo e aos erros alimentares. Mas está cheio de gente sedentária que comete erros na alimentação e é magra”, afirma a médica. Segundo ela, a primeira coisa que se deve levar em conta é atividade. Uma pessoa que está cima do peso, mas faz atividade física de forma regular é mais saudável do que um magro que não faz nenhuma atividade física”, diz a endocrinologista.

Desde a infância e durante muito tempo, Aline Zattar, 28, carregou os traumas que sofria com o fato de estar acima do peso – mesmo os quilos a mais não significando falta de saúde. A mudança começou depois que ela foi eleita a Miss Plus Size Brasil 2013. Modelo plus size é o nome dado pelos norte-americanos às belas que estão acima do “padrão convencional”.

“Agora sou uma Aline confiante, que se aceita, que ainda tem alguns traumas, mas que são mais fáceis de lidar. Tenho orgulho de representar todas as plus size e tentar fazer as pessoas começarem a enxergar que a beleza está dentro de nós. Quando conseguimos exteriorizar isto, não há o que não possamos conquistar”, comemora. 

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