segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Tamanho não é documento

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Com a autoestima elevada, as gordinhas transbordam sensualidade, dominam quadras de escolas de samba, passarelas, palcos e mostram que a ditadura da magreza está fora de moda

POR ROBERTA PIRRO
Rio - O tamanho delas não é P, nem M, nem G. É GG, de gordinha gostosa, e com muito orgulho. Foi-se o tempo em que as mulheres mais encorpadas sofriam para entrar em um vestido ou aproveitar o verão e se preocupavam com que os outros estavam pensando. Agora, elas assumem o seu próprio corpo e, com isso, conquistam cada vez mais espaço em postos que, até então, eram ocupados apenas pelas magras.

Um bom exemplo disso é a auxiliar administrativa Vânia Flor, que foi descoberta durante uma feijoada na quadra do Salgueiro e convidada para ocupar o lugar de musa da escola. “Foi uma surpresa, já que normalmente as musas são magras e gostosas. Mas eu aceitei porque gosto de sambar e de aparecer. Vai ser uma emoção muito grande desfilar na Sapucaí. Sem contar que gosto de roupas curtas e não tenho vergonha de mostrar meu corpo. Gosto dele, estou satisfeita e me aceito do jeito que sou. Estou muito feliz”, declara a nova musa.

Até o mundo da moda, que impôs o padrão de beleza da mulher magérrima, se rendeu às cheinhas. Juliana Cardozo Franco é a prova de que miss também pode estar acima do peso. Com o título de Diva Carioca Plus Size, ela disputará, na próxima semana, o concurso de Miss Brasil Plus Size. “A sensualidade está ligada à aceitação. Quando consegui me enxergar e me assumir do jeito que sou, me senti bonita. Não é levantar a bandeira da obesidade e sim se aceitar do jeito que você é. O conceito de elegância vai muito além de ser magra ou ter biótipo de manequim. O que a define é a vontade de estar bem consigo mesma”, ensina a modelo.

E quem sabe disso muito bem é a cantora de tecnobrega Gaby Amarantos, mais conhecida como Beyoncé do Pará. Supervaidosa, ela não tem vergonha de sua forma física roliça e de apresentá-la nos shows com figurinos extravagantes. “Não estou preocupada em usar uma roupa 36. Me aceito do jeito que sou, com coxa grossa e bunda grande. E essa é a preferência nacional”, garante. “Acho que falta coragem nas mulheres na hora de se assumir. Sei que sou um exemplo para muitas que são diferentes do padrão de beleza que a mídia impõe. Sou a favor da qualidade de vida”, defende a cantora.

Que o diga Preta Gil, mais uma que endossa a turma das gordinhas felizes e assumidas. Embora nem sempre tenha sido assim — ela já quis ser magra e para isso fez regimes malucos e até lipoaspiração —, hoje aceita seu peso e diz que “celulite não mede caráter de ninguém”.

Funk da Gordinha:


As gordinhas estão com tudo. Até um funk falando sobre suas formas físicas foi criado e, em pouco tempo, virou hit da Internet. A música ‘Que Isso, Gordinha’, do Mc Mestre do Nada, já ultrapassa a marca de 430 mil visualizações no YouTube em apenas três dias.

Confira abaixo um trecho da letra:

Eu, Mc Mestre Do Nada, fui dar um rolé com o amigo num rodízio de carne / Chegando lá ele me apresentou uma gordinha/ Aí ele deu logo o papo reto/ Essa gordinha come pra caramba/ Eu falei: mentira/ Ele falou: verdade/Eu olhei a pança de cima a baixo/ E falei: ahh, ele tá de caô/ Prato vai, prato vem/ Eu consegui esconder da gordinha o garfo/ Tá ligado?!/ Ela ficou boladona, cheia de fome/ E mandou assim pra mim óó/ Me leva no McDonald's

Refrão: Que isso gordinha / O bagulho foi ficando envolvente/ Com alface preso no dente/ Aí ela falou assim óó/ Hummm, que vontade de comer carne-seca

Refrão: Que isso, gordinha / Aquela pança toda inchada/ Como de quem quer dar uma barrigada/ Ela mandou assim pra mim óó/ Deixa eu comer uma tapioca, deixaa

Refrão: Que isso gordinha...

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